Minha primeira ideia polêmica é que o amor verdadeiro dura por toda a vida – é eterno. “O amor jamais acaba”, diz 1 Coríntios 13.8. Quando ouço alguém dizer “o amor acabou”, me perdoe, mas em minha opinião o que havia era outro tipo de sentimento, fosse atração, carinho, uma grande amizade, devoção, companheirismo, o que for… mas não amor. Pois o amor é aquele que supera a esperança, que supera a fé, que permanece. Sei da exegese, sei do ágape, sei do amor divino, mas também sei que o amor verdadeiro foi criado por Deus para perdurar. Alguém com um mínimo de conhecimento bíblico consegue acreditar que Deus criou o amor para acabar? Que Deus criou algo tão entranhável, transformador, vital e extraordinário com prazo de validade? Acreditar nisso seria ir contra a essência do próprio Deus que é eterno e é amor.
Muitos casais chegam a conclusão de que o amor acabou e não há porque ficar juntos ou continuar o casamento. Esse é um grande equívoco. Não se engane!
Se você crê nas Sagradas Escrituras, a declaração final é que o amor (conjugal, filial, Divino) “jamais acaba”. No capítulo clássico da carta 1 Coríntios 13 a ênfase é absoluta – “ [o amor] tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor Jamais acaba” v. 7 e 8.
O respeito acaba e surgem os insultos. O carinho acaba e surge a violência verbal e física. A paixão acaba e vem a indiferença. Mas, acredite, “o amor jamais acaba”.
Não existe verdade maior do que esta – amor eterno. Deus elaborou essa frase a milênios atrás, e ela sempre residiu no coração dos casais – “Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí” Jeremias 31:3.
O primeiro casal de humanos vivenciou esta imensa verdade – o amor jamais acaba. Eva foi enganada e seduzida a se rebelar contra Deus; Adão se rebelou de forma consciente. Talvez Deus tenha relevado o fato da rebelião obstinada do homem por que ele o fizera por amor à sua companheira.
Quando você gostou de alguém, se apaixonou, e se uniu fisicamente, o amor foi o resultado fatal desta cascata de reações. Um detalhe: isso não só foram reações químicas em seu cérebro ou reações comportamentais, mas experiências que marcaram pessoas para sempre.
O amor é a experiência mais fantástica que o cérebro pode experimentar; muitas das realidades que experimentamos são sistemas de recompensa ao cérebro. Essas experiências são intermediadas por neuro-transmissores poderosos que formulam coquetéis fabulosos de prazer. A fórmula do amor tem na sua constituição hormônios como a Dopamina, Nor-adrenalina, Oxcitocina, sendo este último considerado o fator bioquímico que une os casais.
Essas impressões estão em seu cérebro para sempre. Não há corretivos para as experiências do cérebro; há psicoterapias, mas não se apaga as experiências vividas. Não se apaga um grande amor ou pequeno amor – o amor jamais acaba.
Se você está sendo tentado a pensar que o amor do seu relacionamento acabou, não acredite. Essa é mais uma falácia de origem satânica que surge para aniquilar a mais antiga e sagrada instituição da criação Divina – o casamento.
Leia, se informe, converse, dialogue, seja tolerante, permita-se errar e aceite isso também do outro(a). Um amor não se joga fora. O amor é algo sagrado; as pessoas não são como embalagens deste sentimento, e que podem ser descartadas. Pelo contrário, pessoas são preciosas, e tem um alto valor, não se joga fora.
Apocalipse 19.7 compara a união de Cristo com a Igreja como a relação de amor entre um homem e uma mulher: “Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou”. Alguém consegue imaginar que esse casamento chegará a um fim? Ou que o amor que Cristo sente pela Igreja vai acabar? Ou se transformar em “amizade”? Ou em “companheirismo”? Por que Deus – que não faz absolutamente nada à toa – escolheria justamente essa metáfora para apresentar a união final e eterna entre Jesus e os seus escolhidos? Se fosse algo que acabasse com o tempo, seria essa a imagem adotada? Do amor entre um homem e sua noiva?
Felizes são os que constroem uma vida junto com aqueles que realmente amam. Pois aí o divórcio será uma possibilidade impossível. E especulo que Jesus permite o divórcio em apenas uma exceção, as práticas sexuais ilícitas ["Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério" (Mt 19.9)] por saber que a parte vilipendiada amava de fato a que a vilipendiou a ponto de sofrer tanto que não conseguiria continuar convivendo com a memória daquela atitude ilícita. E faço questão de frisar aqui: creio firmemente que mesmo nessas situações a primeira opção e o padrão ideal de Deus seja a reconciliação. “Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel” (Ml 2.16).
Quer ter certeza de que ama alguém? Assegure-se de que você ofereceria alegremente sua vida por ela. Se a resposta for “sim”, você a ama de verdade. Pois esse é o padrão que Jesus nos legou: Ele amou tanto e tão eternamente sua noiva que abdicou de si por ela. Se você ficar na dúvida… não se case, pois pode não ser amor.
Tomara que seja. Pois aí você terá a alegria de viver algo maravilhoso, transformador e magnífico, que “jamais se acaba”. Algo tão grandioso e que curiosamente cabe em apenas quatro letras, apesar de ser transbordante.
Pois essa foi a prova máxima que Deus deu de que amava sua noiva: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
“Se acabou é porque não era amor. Amor nunca acaba.”
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